• Ylê Asé
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EWÊ LÁRÁ

 

Nas casas de costumes Iorubá, Fon, Ewe-Fon e Cabinda, a folha da mamona é usada para enrolar ebós, pratos de orixás, fazer sacudimentos e até mesmo em feituras e cortes de Exú. A folha da mamona pertence aos orixás envolvidos com a morte, como Omolú, Oyá, Nanã e demais entidades afros. As mamonas são favas usadas para feitiços, no culto de Egúngún e de Iyá-mí Agbás, pois, serve de ligação cultural e espiritual dos ancestres para com os decendentes.

A mamoneira para a ciência.

Ricinus communis L., conhecido popularmente como mamona, mamoneira, carrapateira, carrapato1 e rícino, é uma planta da família das euforbiáceas, bem como a semente dessa planta. Recebe outras designações, conforme a região: em algumas regiões da África, é abelmeluco; na língua inglesa, é castor bean; na língua espanhola, é ricino, higuerilla, higuereta e tártago.

O seu principal produto derivado é o óleo de mamona, também chamado óleo de rícino. Embora seja usado na medicina popular como purgativo, este óleo possui largo emprego na indústria química devido a uma característica peculiar: possui uma hidroxila (OH) ligada na cadeia de carbono. Não existe outro óleo vegetal produzido comercialmente com esta propriedade. Plantas do gênero Lesquerella também produzam óleo hidroxilado, mas elas ainda não são cultivadas comercialmente. O ácido graxo hidroxilado se chama ácido ricinoleico. Outra importante propriedade do óleo de mamona é ser composto entre 80 e 90 por cento de um único ácido graxo (ácido ricinoleico), o qual lhe confere alta viscosidade e solubilidade em álcool a baixa temperatura. Pode ser utilizado como matéria prima para o biodiesel, mas a quase totalidade do óleo de produzido no mundo tem sido utilizado pela indústria química para produtos de maior valor agregado.

A semente é tóxica devido principalmente a uma proteína chamada ricina, que quando purificada é mortal mesmo em pequenas doses2 . O óleo é de difícil digestão (provoca diarreia), mas o maior risco na ingestão da semente é a toxina ricina. Mais de três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto. Possui ainda uma potente proteína alergênica chamada CB-1A ou Albuminas 2S presente nas sementes e no pólen. Um terceiro componente ativo na mamoneira é a ricinina (não confundir com ricina). A ricinina é um alcaloide que pode ser encontrado em todas as partes da planta. Este alcaloide tem efeito sobre o sistema nervoso central e pode causar diversos efeitos como convulsão, melhoria da memória, falta de equilíbrio e outros. As maiores concentrações de ricinina são encontradas nas flores e em folhas jovens.

Os principais países produtores de mamona são a Índia (74%), a China (13%), o Brasil (6,1%) e Moçambique (2,5%) (2011, FAO), sendo os principais consumidores: China, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão. No Brasil, a produção está concentrada no Estado da Bahia (67%), seguida do Ceará (15%), Minas Gerais (11%) e Pernambuco (3%).

Temperatura ideal de cultivo deve ser entre 20 a 35o C para que haja produções que assegurem valor comercial, com a temperatura ótima para a planta em torno de 28 C.

 
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