• Ylê Asé
  • Taunkerã

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TAMBORES NO CANDOMBLÉ

( Rum , Rumpí  e  Lé )

 

São três os atabaques em um terreiro, Rum, Rumpi e Lê, sendo o Rum o atabaque maior com som mais grave, é o atabaque responsável em puxar o toque da cantiga que está sendo cantada, no Rum ficaria o Alabê, Ogâ, ou Ogâ de Sala, como é conhecido por todos, seria o Ogâ responsável pelos toques. O Rumpi seria o segundo atabaque maior, tendo como importância responder ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogâ que está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é responsável para dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. Os três atabaques que fazem soar o toque durante o ritual também são responsáveis pela convocação dos Orixás. Além dos atabaques, algumas casas usam também o agogô e o xequerê. Os Atabaques são instrumentos de grande importância dentro da casa, pois, são os segundos assentamentos mais importantes da casa, por isso devemos respeitá-los como se fossem ORIXÁS. Cada um é dado a um Orixá (ou caboclo) variando de casa pra casa. É geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortado em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas “travas” que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado por um sistema de cravelhos para os Nagôs e os Gegês, e por cunhas de madeira para os tambores Ngomas, nos Congos e Angolas. O couro também merece cuidados, se passa dendê ou azeite e deixa-se no sol para que o couro fique mais esticado, e possa produzir um som melhor no atabaque. Cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas, pois o atabaque representa um orixá. Ele recebe um ritual equivalente ao feito pelo filho de santo daquele Orixá à que é consagrado. Caso precise ser retirado do terreiro para manutenção, deve ser levado pelo ogâ até o altar, ao ariaxé e aos quatro cantos do terreiro antes de sair do mesmo. Tais instrumentos possuem um papel essencial nas cerimônias. Eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e fazer com que todos os yaôs permaneçam em vibração. Somente o Alabê e seus auxiliares, que tiveram uma iniciação, têm o direito de tocá-los. Nos dias de festa, os atabaques podem ser envolvidos com tiras de pano, nas cores do Orixá evocado. Durante a cerimônia, eles saúdam com um ritmo especial, a chegada dos membros mais importantes de outras casas de axé e estes vem se curvar e tocar respeitosamente o chão, durante uma cerimônia, em frente aos atabaques, antes mesmo de saudar o Pai ou a Mãe de Santo do terreiro. No caso em que um desses atabaques seja derrubado ou venha a cair no chão durante uma cerimônia, esta é interrompida por alguns instantes, em sinal de contrição e respeito.

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